Resgate identitário: a 3ª Bienal da
Bahia
Resumo
Nesta apresentação, meu objetivo é propor uma análise discursiva de enunciados
de divulgação da 3ª Bienal da Bahia, em diálogo com obras presentes num de seus
núcleos expositivos. Trarei como base teórica conceitos que emergem da obra de
Bakhtin e do Círculo, como o de signo ideológico e o de relações dialógicas. A
3ª Bienal da Bahia acontece em 2014, de 29 de maio a 07 de setembro e abrange
mais de trinta espaços expositivos, em Salvador e em diversas cidades do
interior da Bahia. A importante exposição retoma uma cadeia discursiva
brutalmente censurada em 1968, quando, dois dias após a abertura da 2ª Bienal
da Bahia, no Convento da Lapa, em Salvador, os militares forçaram o fechamento
da mostra e permitiram a reabertura do espaço após um mês, sem obras consideradas
subversivas. O tema da edição de 2014 é a indagação “É tudo Nordeste?”, que
perpassa todas as ações curatoriais e provoca os artistas participantes a
lidarem com a construção discursiva que marca a região. Os enunciados com os
quais proponho um diálogo são o projeto da 3ª Bienal, disponível no site do
evento, os folhetos de divulgação nomeados “Jornal de um só dia”,
disponibilizados aos visitantes, e algumas obras do núcleo “A Reencenação”, que
permaneceu no Mosteiro de São Bento de 29 de maio a 05 de setembro de 2014.
Palavras-chave: Signo ideológico; Relações dialógicas; 3ª
Bienal da Bahia.