Adriana Pucci Penteado de Faria e Silva / UFBA

Resgate identitário: a 3ª Bienal da Bahia

Resumo
Nesta apresentação, meu objetivo é propor uma análise discursiva de enunciados de divulgação da 3ª Bienal da Bahia, em diálogo com obras presentes num de seus núcleos expositivos. Trarei como base teórica conceitos que emergem da obra de Bakhtin e do Círculo, como o de signo ideológico e o de relações dialógicas. A 3ª Bienal da Bahia acontece em 2014, de 29 de maio a 07 de setembro e abrange mais de trinta espaços expositivos, em Salvador e em diversas cidades do interior da Bahia. A importante exposição retoma uma cadeia discursiva brutalmente censurada em 1968, quando, dois dias após a abertura da 2ª Bienal da Bahia, no Convento da Lapa, em Salvador, os militares forçaram o fechamento da mostra e permitiram a reabertura do espaço após um mês, sem obras consideradas subversivas. O tema da edição de 2014 é a indagação “É tudo Nordeste?”, que perpassa todas as ações curatoriais e provoca os artistas participantes a lidarem com a construção discursiva que marca a região. Os enunciados com os quais proponho um diálogo são o projeto da 3ª Bienal, disponível no site do evento, os folhetos de divulgação nomeados “Jornal de um só dia”, disponibilizados aos visitantes, e algumas obras do núcleo “A Reencenação”, que permaneceu no Mosteiro de São Bento de 29 de maio a 05 de setembro de 2014.

Palavras-chave: Signo ideológico; Relações dialógicas; 3ª Bienal da Bahia.